Faz sentido um evento online?

Carolina Herszenhut
3 min readFeb 23, 2021

Uma carta aberta de como chegamos n'O Cluster Digital

O Cluster 2012

Para quem não me conhece, me chamo Carolina Herszenhut, estou a frente da Aborda, e gerencio a carreira de 11 artistas visuais e em 5 cidades do país. Mas isso não conta a trajetória de como cheguei até aqui. Sou estilista de formação, trabalhei com moda por 10 anos no Brasil, Nova York, Paris e Londres e em 2012 criei O Cluster a fim de canalizar e viabilizar negócios criativos. De lá pra cá algumas pessoas já conhecem a história, mas para quem não conhece vou contar, quem não quiser ler, pode passar para o terceiro parágrafo.

O CLUSTER

O Cluster durante 6 anos (2012–2018) consolidou como a principal plataforma de canalização e divulgação de agentes criativos no Rio de Janeiro, atuamos também em Belo Horizonte e Recife. Fizemos uns de 40 eventos para mais de 150 mil pessoas. Descobrimos modelos de negócios inovadores passaram por lá em torno de 400 marcas, 300 chefes, 100 artistas além de Djs, bandas e tudo que fosse inovador na cena dessas cidades. Negócios desconhecidos se tornaram grandes, Djs que estavam começando se tornaram famosos. Quem nos conhece sabe que se você quisesse conhecer algo novo teria que ir até nós. ❤

Em 2018 depois de uma mega edição de 6 anos que juntava o Centro Cultural Banco do Brasil e a Casa França Brasil, decidimos parar. Quem me conhece sabe que quando algo não está de fato sendo inovador deixa de fazer sentido para mim e foi assim, pensando em como tínhamos sido importante numa cena criativa, paramos para não nos tornarmos "antigos".

Porém muita coisa mudou desde esse dia e no último ano muito se falou em como a cultura é importante e também muitas "novas verdades" apareceram. Eu para ser sincera não acredito que encontros físicos possam ser substituídos por nada digital, e o que mais vi nessa pandemia foram pessoas numa tentativa frustrada de se tornarem gurus do apocalipse fazendo projetos bizarros.

O Cluster Digital não tem essa pretensão, o que estamos fazendo é uma versão beta a 16 mãos de uma experimentação de formas de canalizar e viabilizar projetos e negócios criativos. Esse é nosso DNA, é nessa busca que nos encontramos e por isso decidimos pensar como poderíamos voltar a movimentar essa cena e centenas de pessoas que assim como nós criam, constroem e se alimentam daquilo que nos falta tanto e nos mantém a vivos: a cultura.

Por isso essa carta, ela é um convite para que você que não nos conhece, se junte a nós e para você que faz parte dessa história volte. Queremos construir essa grande odisséia que inventamos, não sabemos onde vai dar, mas sabemos que será lindo, criativo e novo. Vamos?

TER DE SOBRA O QUE NOS RESTA.

A GENTE ACREDITA NA CULTURA.

Não Recomendados na edição de 4 anos onde ocupamos um Museu desativado em São Cristóvão-RJ

O Cluster Digital está sendo realizado com a verba de um prêmio da Lei Aldir Blanc do Município do Rio de Janeiro, uma lei que merece ser celebrada.

Fazem parte dessa equipe eu, Juliana Cabeza, Aline Rodrigues, Flávio Teixeira, Isadora Barros, Renato Rangel, Gabriela Azevedo e Kiko Gasparian, sem eles e mais todas as pessoas que construíram essa história conosco, nada seria possível. ❤

Me chamo Carolina Herszenhut, atuo como agente cultural e ativista, através da minha produtora Aborda trabalho agenciando artistas visuais nas cidades do Rio e São Paulo, em 2012 criei O Cluster, a primeira e maior plataforma de economia criativa do Rio de Janeiro. Realizei mais de 25 eventos com mais de 100.000 pessoas nas cidades do Rio, Belo Horizonte e Recife. Recentemente completei o curso de Gestão e Criação Contemporânea na La Casa Encendida em Madrid e tem MBA em Gestão Cultural pela Associação Brasileira de Gestão Cultural. Desenvolvo e atendo clientes como Museu do Amanhã, CCBB, Heineken, Redbull, Boticário, Michelin, Skyy, Consulados, Governos e ONGs.

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Carolina Herszenhut

Agente cultural e ativista, idealizadora da Aborda uma plataforma de gestão de carreiras de artistas visuais.